O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Recreio (21) 2420-5032 / 2437-6800 / 3546-5198    Copacabana (21) 2548-6104

Ortopedia

Osteoporose Osteoartrose LER / DORT Fibromialgia Lesões Tendinosas Lombalgia Síndrome do túnel de Carpo Dedo em Gatilho Síndrome do Canal de Guyon Tenossinovite de Quervain Epicondilite Síndromes Compressivas



 

O que é Osteoporose?



Osteoporose é um enfraquecimento dos ossos que vai agravando-se a partir dos 35 anos e acentua-se durante os dez primeiros anos após a menopausa. Outros fatores também colaboram para o aparecimento da osteoporose: o uso de drogas(cortisona,anticoagulantes etc.), fumo, longos períodos de imobilização e distúrbios hormonais.

Quais as conseqüências deste enfraquecimento?

Ele pode levar a fraturas, até mesmo mortais ou que causam invalidez. Essas fraturas podem ocorrer com grandes ou pequenos esforços. As mais freqüentes são as de vértebras, que provocam deformidade na coluna vertebral e perda de estatura. Saiba que 20% a 25% dos pacientes com esse tipo de fratura falecem nos seis primeiros meses.

Como prevenir?

- adotar uma alimentação rica em cálcio
- tomar sol corretamente
- exercitar-se moderadamente
- no início da menopausa, procurar seu médico para que ele possa examiná-la e medicá-la, se necessário
- evite cigarro e álcool
- não beba café em excesso.

Como evitar fraturas?

- procure guardar os objetos de casa na altura dos ombros
- seja cuidadosa, evitando tropeçar ou cair
- procure usar calçados baixos a maior parte do tempo
- use uma bengala se achar que seu equilíbrio está ruim
- cozinhas e banheiros com piso antiderrapante
- escadas devem possuir corrimão
- cuidado com medicamentos que possam causar tontura
- caso use óculos, verifique se a graduação está correta
- não carregue peso
- ao calçar sapatos, vestir meias ou calças não dobre muito o tronco
- não incline muito o tronco para pegar objetos no chão

Osteoartrose:



É uma desordem não-inflamatória das articulações móveis, caracterizada pela deterioração da cartilagem articular e pela neoformação óssea nas superfícies e margens articulares.

Esta desordem também é conhecida como doença articular degenerativa. Por volta dos 40 anos de idade, 90% de todas as pessoas irão ter algumas alterações degenerativas nas articulações de sustentação, mesmo que os sintomas clínicos estejam geralmente ausentes.

O sintoma principal é a dor, que ocorre primeiro só com o uso articular e o movimento, mais tarde é aliviada somente com o repouso. Rigidez ao despertar na manhã e após períodos de inatividade durante o dia. Limitação de movimentos e crepitação geralmente ocorrem, principalmente em joelhos, quadril, ombro e mãos.

Existem tratamentos conservadores e cirúrgicos. Um dos tratamentos cirúrgicos é a substituição da articulação comprometida por prótese total.

Porquê a prótese total é necessária?

O objetivo da cirurgia é aliviar a dor na junta causada pelo desgaste da cartilagem.
A dor pode ser tão severa que o paciente prefere não usar a articulação afetada, enfraquecendo os músculos que a circundam, ocasionando maior dificuldade ainda na movimentação desta junta.

Um exame médico, alguns testes de laboratório e Raio X poderão demonstrar a extensão do dano articular. A prótese total deverá ser considerada se outras opções de tratamento não puderem aliviar sua dor e incapacidade de movimento.

Como é feita uma prótese total?

Você deverá ser anestesiado e a equipe cirúrgica trocará sua articulação doente.

Por exemplo, um joelho com artrose, as partes doentes dos seus ossos e cartilagens serão trocados por metal e superfícies plásticas (polietileno), os quais são desenhadas para restaurar o movimento do joelho e sua função.

Artrose do joelho


Artrose total do joelho


Numa artrose de quadril, a cabeça gasta é trocada por uma cabeça metálica ou de cerâmica ligada a uma haste que é fixada dentro do fêmur, e um chapéu de polietileno é implantado dentro da bacia, trocando-se o acetábulo gasto. Embora a troca de quadril e joelho sejam as próteses mais freqüentes, esta cirurgia também pode ser usada para troca de outras articulações, como: ombro, cotovelo, dedos e tornozelo.

Ressonância Magnética de artrose do quadril


Prótese de Quadril


Os materiais usados em prótese são desenhados para possibilitar que a sua articulação possa voltar a ter uma mobilidade bem próxima de uma junta normal.
A prótese geralmente é composta de duas partes:
uma peça de metal que se ajusta perfeitamente a uma peça plástica.

Vários metais são usados, incluindo liga de aço, liga de cromo,e cobalto, titânio e cerâmica. O material plástico é durável e resistente ao desgaste (polietileno).
Um cimento ósseo poderá ser usado para ancorar a prótese ao osso. Próteses também podem ser implantadas sem cimento.

Prótese de Ombro


Como é o processo de recuperação?

Em geral, seu ortopedista o encorajará a usar sua nova articulação precocemente após a cirurgia.
Após a prótese de quadril e joelho você poderá ficar em pé e iniciar a deambulação poucos dias depois da cirurgia.

Inicialmente você caminhará com um andador, muletas ou bengalas.
Nas próteses do ombro, você inicia movimentação passiva precoce no primeiro dia de pós operatório supervisionado por um fisioterapeuta.

muitos pacientes tem alguma dor na articulação implantada porque os músculos da região estão fracos pela inatividade e os tecidos moles estarão cicatrizando, mas isso deverá se normalizar em algumas semanas ou em poucos meses.

Exercício é um passo importante no processo de recuperação. Seu médico lhe orientará a respeito dos exercícios que deverá fazer depois da cirurgia.

Após a cirurgia você poderá ser liberado para caminhar, dançar, jogar golfe. Entretanto, esportes mais rigorosos, como tênis, futebol, corridas, não são indicados.

A mobilidade de sua articulação geralmente melhora após a cirurgia. A extensão desta melhora dependerá de quão rígida era a sua articulação antes da cirurgia.

LER e DORT?


O que é LER?
LER é a sigla de Lesões por Esforços Repetitivos que representa um grupo de alterações do sistema musculoesquelético (tendões, nervos, músculos, ligamentos, ossos, articulações, discos intervertebrais, entre outras estruturas).

Essas alterações são decorrentes de sobrecargas mecânicas provocadas por esforços repetitivos realizados, geralmente, no trabalho. De acordo com as estruturas afetads, podem ocorrer manifestações clínicas distintas e de intensidade variável: dor, dificuldade de movimentos etc.

Porque o termo DORT?

O termo DORT, por sua vez, provém de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, tendo sido recentemente introduzido para substituir a sigla LER, basicamente por duas razões: porque a maioria dos trabalhadores com sintomas relacionados ao sistema musculoesquelético não apresenta evidência de lesão em qualquer estrutura além do esforço repetitivo, outros tipos de sobrecargas no trabalho podem ser prejudiciais para o trabalhador como, por exemplo: contração muscular por períodos prolongados para manter determinada postura; excesso de força empregada para executar certas tarefas; instrumentos que transmitem vibração excessiva; posturas inadequadas.

Quais os problemas mais comuns?

- Tendinites (particulamente do ombro, cotovelo e punho)
- Neuropatias periféricas (síndrome do túnel do carpo, que corresponde a um problema no nervo mediano na região do punho)
- Lombalgias (dores na coluna lombar)
- Mialgias (dores musculares) em diversas partes do corpo)

Como deve ser orientado o tratamento para LER/DORT?

O tratamento deve ser direcionado à correção das causas no ambiente de trabalho e à instituição de um plano terapêutico adequado.
Diversas são as modalidades terapêuticas:

- Fisioterapia
- Medicamentos
- Órteses
- Reabilitação

O que é Fibromialgia?


A síndrome de fibromialgia é uma forma freqüente de dores musculares e cansaço, que afeta os músculos e seus locais de fixação no osso.

Não apresenta alterações laboratoriais. Por isso, seu diagnóstico depende principalmente das queixas ou sensações que o paciente relata.

Quais são os sintomas e sinais da Fibromialgia?

Dor - Sintoma mais importante. Geralmente varia com a hora do dia, tipo de atividade, clima, padrão de sono e estresse.

Embora o exame físico geral seja usualmente normal e essas pessoas pareçam sadias, um exame cuidadoso de seus músculos revela áreas bastante sensíveis em determinados locais. Os pontos doloridos da fibromialgia tendem a estar presentes em ambos os lados em em diferentes locais.

Os círculos desta figura indicam as várias localizações dos pontos sensíveis.
Pessoas com fibromialgia reagem com dor quando se pressiona muitos destes locais.


Fadiga e Distúrbios do Sono -
Cerca de 90% das pessoas sentem uma fadiga de moderada a severa, com perda da energia, diminuição da resistência aos exercícios, ou um cansaço semelhante aquele resultante de uma gripe ou perda de sono.
Muitas pessoas com fibromialgia experimentam um distúrbio do sono, em que elas não acordam aliviadas mas sentindo-se cansadas. Você pode dormir superficialmente e acordar durante o sono.

Sintomas do Sistema Nervoso - Mudança no humor e na maneira de pensar são comuns na fibromialgia. Muitos indivíduos sentem-se desanimadas, embora apenas 25% estejam verdadeiramente deprimidos.
Algumas pessoas podem sentir dormência e fisgadas nas mãos, braços, pés, pernas ou face. Essas sensações podem sugerir outras desordens como síndrome do túnel do carpo, neurites ou até esclerose múltipla. Por isso pessoas com fibromialgia freqüentemente se submetem a diferentes exames para pesquisar outros diagnósticos e verificam que os resultados dos testes são normais.

Outros Problemas - Cefaléias; Dor Abdominal; Inchaço; Constipação; Diarréia; Alterações de coloração de pele.

Como se trata a fibromialgia?

Medicações para diminuir a dor e melhorar o sono.
Programas de exercícios para fortalecer a musculatura e melhorar a aptidão cardiovascular.
Técnicas de relaxamento e outras medidas para diminuir a tensão muscular. Programas educativos para ajudar você a entender e manejar a fibromialgia

Lesões Tendinosas



Saiba como Funcionam os Tendões

Os tendões são estruturas fibrosas que lembram cordas que passam por roldanas utilizadas na movimentação de pesos. Eles funcionam como alavancas para criar os movimentos dos dedos, pernas, antebraços, braços etc.

Os tendões são cobertos por uma capa também fibrosa por onde passa o chamado líquido sinovial (como aquele que encontramos no interior das articulações), que serve para "lubrificar" as superfícies de atrito ou fricção onde os tendões fazem contato.

A Inflamação da "Capa"

A inflamação dos tendões geralmente traz consigo a inflamação da "capa" que protege os tendões (tenossinovite). Ela pode ter várias causas e ocorrer em qualquer faixa de idade ou sexo.
Normalmente, a inflamação da "capa" é mais intensa que a dos tendões propriamente.

Tendão de Aquiles integro


Lesão do Tendão de Aquiles


Imagem comparativa dos Tendões


Entre as causas para esses processos inflamatórios:

- Trauma causado no atrito do movimento repetido;
- Esforço exagerado (onde pode haver inclusive a ruptura dos tendões);
- Processos infecciosos que acabam por comprometer os tendões e sua capa;
- Manifestações de outras doenças como a artrite reumatóide, esclerose sistêmica, gota etc.

Como se manifesta

O sintoma de tendinites é a dor provocada principalmente quando tentamos movimentar as mãos ou os pés. Acontece também um inchaço local e, muitas vezes, os tendões ficam visíveis sob a pele na forma de cordões avermelhados e dolorosos.

O médico é a melhor pessoa para indicar o tratamento desse problema. Normalmente, é recomendado o repouso do tendão, ou seja, não exercitá-lo, e indica do o uso de antiinflamatórios orais ou injetáveis.

O tendão raramente rompe em condições normais.

São muito raras as situações de rotura total em tendões isentos de qualquer patologia, e, no desportista jovem, são fruto de movimentos brutais e mal coordenados provocados por alterações imprevistas e súbitas no gesto desportivo, tal como no caso das quedas nos saltadores, nos esquiadores, nos futebolistas, etc.

A rotura dá-se no tendão que se encontra sob exagerada tensão provocada pela contração vigorosa do músculo que serve, ao sofrer uma força violenta de estiramento.

A nível dos jovens este mecanismo normalmente produz uma lesão muscular ou uma fratura por arrancamento da inserção tendinosa, enquanto que nos desportistas veteranos sucede o contrário, sendo preferencial o atingimento do tendão, ( processo de involução e degenerescência natural das estruturas tendinosas a partir dos 30 anos ).

As roturas dão-se na sua grande maioria , num tendão já fragilizado, quer por um processo inflamatório crônico, que o atinge por um longo período de tempo, quer ainda e tipicamente no desporto, pela degenerescência iatrogénica, provocada pelas infiltrações intratendinosas repetidas de derivados de cortisona.

Resumindo; a ruptura do tendão acontece por trauma agudo (laceração ) ou por uso excessivo.

Lombalgia


Lombalgia (dor lombar) é um grande problema médico. Por todo o mundo, de 60 a 80% das pessoas terão durante a vida e de 2 a 5% terão em qualquer tempo determinado.

Nos Estados Unidos, a lombalgia é um dos problemas mais comuns pelo qual as pessoas consultam um médico e é a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos. O custo anual total nos EUA em assistência médica e perda de produtividade é aproximadamente de 100 bilhões de dólares. Entretanto, somente 10% dos pacientes são responsáveis por 90% do custo. Assim seu manejo e seu impacto em nossa força de trabalho são um grande dreno da economia americana. Nossa abordagem a esta doença deve ser mudada.

Antes de discutir o tratamento de uma doença, é importante conhecer sua história natural. A história natural é a referência contra a qual todos os tratamentos propostos devem ser medidos. De modo que para que um tratamento seja válido, deve deixar a pessoa melhor em menos tempo e com menos efeitos colaterais do que se deixada sem tratamento. Para demonstrar a validade, é necessário comparar grupos de pessoas que são tratadas com pessoas similares que não são tratadas (grupos controle) para ver se o resultado com tratamento é melhor que o curso natural da doença.

Lombalgia aguda é dor que está presente por três meses ou menos. Sua lista de tratamentos é bastante longa. A maioria alega ter uma taxa de sucesso de cerca de 90%. Entretanto, a maioria das pessoas com lombalgia aguda não complicada fica melhor no prazo de um mês, e 90% se recupera dentro de três meses. Este é motivo pelo qual muitos tratamentos para lombalgia parecem funcionar tão bem. Ainda que muitos tenham uma aparência científica ou de autoridade, a maioria não foi substanciada.

Quando procurar um médico

Não há nenhuma necessidade em correr até um médico por cada pequena dor; todavia problemas significativos não deveriam ser ignorados. Qualquer uma das seguintes circunstâncias é razão para procurar um médico:

- Dor que está presente por mais de um mês sem melhora, ou que ocorre em repouso, ou está piorando.
- Idade avançada, perda de peso inexplicada, ou história pregressa de câncer.
- Uso a longo prazo de esteróides, os quais podem enfraquecer os ossos e aumentar a suscetibilidade para fraturas.
- Infecção recente do trato urinário ou febre inexplicada.
- Trauma capaz de causar uma fratura, como um acidente de automóvel de alto-impacto ou uma queda grave.
- Em idosos, traumas menores, especialmente se a pessoa tem osteoporose.
- Fraqueza ou insensibilidade severa em uma perna, área genital ou nádegas; ou mudança na capacidade de urinar ou de evacuar. Estes são sinais de possíveis danos de nervos espinhais.

Casos não complicados

Se nenhum sinal de fratura, infecção, tumor ou deficiência neurológica estiver presente, exames de raio-X da coluna, tomografias, ressonância magnética ou eletromiografias (EMGs) são desnecessários. Tampouco são necessários tratamentos extravagantes ou dispendiosos. A recuperação irá acontecer da mesma maneira sem eles.

Uma vez que a maioria das pessoas com lombalgia não complicada se recuperam espontaneamente, há algum tratamento verdadeiramente útil? A resposta é sim. Estudos científicos mostram que pacientes que são educados a respeito da lombalgia e tranqüilizados a respeito de seu problema tendem a ficar melhor mais rápido e ter menos desconforto que os grupos controle.

Atividade física também é benéfica. Pacientes que se exercitam ficam melhor mais rápido e, se continuarem a se exercitar, têm uma chance menor de ter episódios futuros. Atividades que aumentam significativamente a dor deveriam ser evitadas, mas um pouco de dor enquanto se exercita está tudo bem.

Manipulações da coluna vertebral, quando usadas durante o primeiro mês após os sintomas aparecerem, podem diminuir a intensidade da dor e encurtar o episódio. Manipulação da coluna vertebral é a aplicação de força pela mão em articulações selecionadas da coluna. Se a manipulação não trouxer alívio dentro de 2-4 semanas, é pouco provável que manipulações adicionais sejam benéficas. Uma vez que a dor tenha cedido, manipulação adicional é desnecessária e não provou ter valor preventivo.

Para sintomas severos, analgésicos podem ser úteis. A intensidade de alívio da dor e o tempo de retorno às atividades são similares com narcóticos e não narcóticos. Entretanto, os narcóticos têm uma incidência ignificativamente maior de efeitos colaterais e complicações. Por este motivo, os narcóticos raramente são úteis.

Em casos não complicados, tranqüilizar em relação a condição e atividades apropriadas são o melhor tratamento. Lembre-se que 90% de todos pacientes nesta categoria ficam melhor, mesmo sem tratamento. Após alguns dias de descanso (evitando levantar, carregar peso ou curvar-se), um programa de exercício progressivo de fortalecimento isométrico, exercícios de variação e movimento, alongamento, e condicionamento aeróbico deveriam ser iniciados. Freqüentemente, é melhor se um fisioterapeuta proporcionar instrução. Calor, ultra-som, massagem, estimulação elétrica, e tração podem proporcionar algumas horas de alívio, mas não oferecem nenhum benefício permanente e são caros. Dormir em um colchão firme normalmente é uma boa déia.

Casos complicados

Se você está entre os 10% que não melhoraram apesar de uma programa apropriado de exercícios, diversas opções estão disponíveis. A maioria dos pacientes prefeririam evitar a cirurgia (corretamente). Infelizmente, é freqüentemente a melhor opção. Existem muitos tratamentos conservativos (não cirúrgicos), mas a maioria não funciona. Para pacientes com uma preponderância de sintomas em pernas cuja ressonância magnética mostrou uma pequena herniação de disco, um bloqueio epidural pode ser útil. Este é uma injeção no espaço ao redor do nervo na medula espinhal, tipicamente com um anestésico local e um esteróide para diminuir a inflamação. Estudos científicos tem mostrado que bloqueios facetados (injeções de anestésicos locais nas pequenas articulações na coluna) e rizotomias (inserção na espinha de um cateter que corta ou destrói o nervo que conduz a dor) não são eficazes.

Se ocorrer dor, insensibilidade, fraqueza em membros inferiores, ou perda do controle esfincteriano, uma ressonância magnética deveria ser obtida para procurar por sinais de invasão de nervos espinhais. Este procedimento é indolor e não envolve agulhas ou mesmo raios-X. Se a ressonância revelar uma hérnia de disco grande (maior que 6 mm), a cirurgia para remover a parte do disco que está pressionando o nervo é o melhor tratamento, preferencialmente dentro de seis meses. A remoção através de uma pequena incisão na pele (uma discectomia aberta) ainda é o "padrão ouro". As técnicas mais novas de cirurgia à laser, microcirurgia, artroscopia, e discectomia percutânea (sucção do material do disco através de um tubo que é colocado através da pele) não provaram ser superiores a discectomia aberta, e seus efeitos a longo prazo são desconhecidos.

Algumas vezes a ressonância revela estenose espinhal. Isto é usualmente visto em pacientes mais velhos, e é um estreitamento do espaço para os nervos. É causada pela hipertrofia das articulações e ligamentos devido a mudança artrítica. Bloqueios epidurais normalmente funcionam, mas somente por um curto período de tempo. O único tratamento eficaz para esta condição é a laminectomia, um procedimento cirúrgico no qual as áreas espessadas dos ossos e ligamentos são aparadas, deixando mais espaço para os nervos.

Lombalgia crônica é um problema mais complexo. Alguns pacientes podem se beneficiar da fusão de duas vértebras. Entretanto, decidir quais pacientes se beneficiarão é extremamente difícil e requer testes mais extensivos e tomada de decisão mais complexa.

Síndrome do Túnel de Carpo


 

Perguntas & respostas; o que deve ser feito
1. O que é?

Síndrome do túnel do carpo é o nome da doença decorrente da compressão do nervo mediano que passa na região do punho.

2. Quais são os sintomas mais comuns?

Tipicamente as pessoas acometidas sentem dor, dormência, formigamento, queimação ou sensação de "choques" nas mãos, mais intenso no período noturno, pela manhã ou quando mantém determinada postura contínua, como por exemplo segurar o volante do carro. Os sintomas podem acometer mais as pontas dos dedos, particularmente o polegar, indicador e médio. A dor é comumente localizada na mão e punho, porém pode se estender até o antebraço, braço e ombro. Muitas vezes os sintomas são confundidos com "problemas de circulação, coluna ou até mesmo derrames".

3. A doença é progressiva?

Na maioria dos casos não. Na fase inicial os sintomas costumam ocorrer de maneira intermitente e quase sempre a noite e em época de temperatura mais baixa. Depois podem desaparecer por meses ou até anos e retornar em seguida. É comum as pessoas acordarem no meio da noite, chacoalhar as mãos ou colocá-las em água morna para aliviar os sintomas.

4. Em que lado ocorre o problema?

Na maioria dos casos os sintomas ocorrem nas duas mãos, mesmo que se inicie apenas em uma.

5. Em qual idade aparecem os sintomas da doença?

Na maioria dos casos o síndrome do túnel do carpo aparece entre 40 e 60 anos, porém pode ocorrer em qualquer faixa etária a partir da idade adulta.

6. Qual o sexo mais acometido?

Em quase 90% dos casos a síndrome do túnel do carpo aparece no sexo feminino.

7. Qual a causa da compressão do nervo mediano (punho)?

A causa mais comum é inflamação crônica inespecífica dos tendões flexores dos dedos, que passam juntamente com o nervo na região do punho. Existem, contudo, várias doenças ou situações que predispõem o aparecimento do síndrome do túnel do carpo, como por exemplo problemas de tiróide, amiloidose, diabetes, fraturas recentes ou antigas na região do punho, algumas formas de reumatismo como artrite reumatóide e gravidez. Pessoas com índice de massa corporal mais elevado (obesas) e punho com tendência ao formato quadrado ("punhos mais grossos") tem maior chance de desenvolver síndrome do túnel do carpo.

8. A L.E.R. (lesão por esforço repetitivo) pode causar síndrome do túnel do carpo?

Todas as situações de uso contínuo e excessivo dos músculos (tendões) flexores dos dedos podem originar ou mais comumente, piorar, a compressão do nervo mediano no punho; o exemplo mais explícito desse problema é observado nos indivíduos de zona rural, que fazem ordenha por muitos anos e subseqüentemente desenvolvem dormência nas mãos.

9. Como é feito o diagnóstico desse problema?

O exame que confirma ou não a presença de compressão do nervo mediano na região do punho é chamado eletroneuromiografia; o nervo recebe pequenos estímulos que serão registrados no aparelho e interpretados pelo profissional. Quando existir compressão do nervo, as respostas aos estímulos estarão mais lentos (milésimos de segundo). O exame é simples, não necessita preparo ou jejum, não usa contraste ou radiação e deve ser feito preferencialmente por profissional habilitado: Título de Especialista em Eletroneuromiografia conferido pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica, Associação Médica Brasileira.

10. Após confirmado o problema o que deve ser feito?

As pessoas que apresentam esse problema, devem consultar um médico especializado para mais alguns exames rotineiros de investigação e, em seguida, iniciar tratamento.

11. Como é feito o tratamento?

O tratamento inicial deve levar em conta o resultado do exame de eletroneuromiografia. Se o nervo estiver muito afetado (compressão grave), é mais provável que deva ser realizada cirurgia sem muita demora. Se a compressão for leve, pode ser tentado tratamento inicial não cirúrgico, baseado fundamentalmente na imobilização da região do punho com tala facilmente colocada ou retirada com velcro. As medicações são úteis para alívio parcial dos sintomas, porém na maioria dos casos não resolvem o problema. As infiltrações são usadas em casos mais raros, quando a cirurgia não pode ser realizada naquele momento. É importante lembrar que os fatores desencadeantes ou que pioram a doença devem ser retirados e, as doenças de base associadas, adequadamente tratadas.

12. A cirurgia é complicada? Tem risco?

A cirurgia para síndrome do túnel do carpo deve ser realizada por profissional experiente na área de nervos periféricos e mão. Deve, preferencialmente, ser realizada em uma mão e após semanas na outra, desde que o problema exista nas duas. Os riscos são mínimos, pois a cirurgia consiste basicamente na abertura do ligamento que prende os tendões e o nervo, que fica situado superficialmente a eles. Deve-se evitar realização de cirurgia sem eletroneuromiografia prévia, que comprove o diagnóstico, pois a comparação com exame pré-operatório pode ser muito importante nos casos com resultado cirúrgico insatisfatório. A cirurgia por via endoscópica tem sido recentemente utilizada com bons resultados e a grande vantagem de pequena incisão e, conseqüentemente, menor cicatriz. Deve ser feita por profissionais experientes e para casos selecionados.

13. Se a pessoa não quiser operar existe risco? O que deve ser feito?

Essa é uma situação que ocorre com certa freqüência: medo e recusa à cirurgia. A compressão do nervo no punho tanto pode ficar estável ao longo de anos, como pode se agravar originando atrofia do nervo com pouca possibilidade de retorno pleno a normalidade, mesmo com a cirurgia. O mínimo que deve ser feito, nos casos em que as pessoas recusem cirurgia, é o exame eletroneuromiográfico periódico (no mínimo 1 vez ao ano ou sempre que os sintomas piorarem), para avaliação do grau de compressão (piorando, melhorando ou estável).

14. O síndrome do túnel do carpo é hereditário?

Existem relatos consistentes de maior predisposição à doença em algumas famílias.

Dedo em Gatilho






É uma tenossinovite digital estenosante que afeta particularmente, e em ordem decrescente, o 1, 3 e 4 dedos e que resulta em constição da polia sobreposta a articulação metacarpo-falangeana. Um nódulo tendíneo pode se desenvolver no local da estenose. Suas principais causas são: atividades repetitivas de preensão, diabetes, hipotireoidismo, amiloidose, sarcoidose, artrite reumatóide, artrite psoriática, sinovite nodular pigmentada e infecções. Não deve ser confundida com contratura de Dupuytren.

Síndrome do Canal de Guyon



Conseqüente a compressão do nervo ulnar ao nível do carpo. a causa mais comum é o cisto sinovial. Outras causa incluem: variação muscular congênita, contratura de Dupuytren, artrite reumatóide, osteoartrite, aneurisma de artéria ulnar e trauma crônico.


Tenossinovite de Quervain



Corresponde a inflamação da bainha tendínea do abdutor longo e extensor curto do polegar. Pode ser ocasionada por atividades manuais extenuantes, mas também por doenças reumáticas ( artrite reumatóide ou psoriática, por exemplo ), variações congênitas, trauma agudo ou ser idiopática


Epicondilite


As epicondilite são processos inflamatórios que ocorrem junto a inserção dos tendões ao nível do cotovelo.
Epicondilite lateral(tenis elbow) ou cotovelo do tenista, epicondilite medial(golf elbow) ou epitrocleíte e tendinite da inserção do tríceps no olécrano.

Síndromes Compressivas


Síndrome do Túnel Cubital




Corresponde a compressão do nervo ulnar, na altura do cotovelo, quando atravessa o epicôndilo medial, entre a porção fibrosa dos ligamentos ulnoumerais e a cabeça ulnar. Otrauma com fratura do úmero tem sido a causa mais comum desta síndrome.

Síndrome do Pronador


Deve-se a compressão do nervo mediano ao nível do cotovelo, que pode ocorrer em vários locais, principalmente pelo próprio músculo pronador redondo ou por faixas fibrosas na porção superficial deste músculo. O sintoma típico é de dor no terço proximal do antebraço que inicia-se insidiosamente. Parestesias são comuns e seguem a distribuição do nervo mediano na mão. No cotovelo, o seu ramo interósseo anterior, quando comprimido, não produz alteração sensitiva por ser um ramo motor.

Síndrome do Supinador

Compreende a compressão do ramo terminal profundo do nervo radial, ao nível do terço proximal do antebraço. A compressão é feita pelo músculo supinador e pelo músculo extensor radial curto do carpo.

Subir